Estudo sugere que a grelina é a responsável por aumentar estímulo para se comer doces, mesmo quando já se está com estômago cheio
Estudo realizado por
pesquisadores do Canadá sugere que a grelina, hormônio que induz o
apetite, é a responsável por aumentar estímulo para se comer doces,
mesmo quando já se está com estômago cheio. Resultados foram
apresentados na 94ª edição do Encontro Anual da Sociedade de Endocrinologia, em Houston, nos Estados Unidos.
O
estudo, realizado com ratos, mostrou que as cobaias que não tinham o
gene receptor da grelina comiam menos doces após uma refeição completa
em comparação com ratos com o receptor intacto.
" Os receptores de grelina podem ser um alvo importante para o
tratamento da obesidade" , observa a líder do estudo, Veronique St-Onge,
da Carleton University (Canadá).
O
papel da grelina - também conhecida como 'hormona da fome' - foi
estudado sobre o que ficou conhecido como 'fenômeno da sobremesa',
caracterizado pela vontade de comer doces após as refeições, mesmo com o
estômago cheio.Para isso, os pesquisadores utilizaram um grupo de ratos
em que os sinalizadores de grelina foram geneticamente alterados. Os
investigadores compararam estes ratos com o grupo de controle de
cobaias.
Cada grupo era
composto por dez ratos que tinham livre acesso à sua dose regular de
comida durante quatro horas por dia. No último dia do estudo, foi
oferecido a cada rato 30 gramas de doces durante a última hora de acesso
à comida.
Não houve
diferença na quantidade de ração para ratos que comeram. No entanto, os
ratos geneticamente alterados comeram menos doces do que os outros (seis
e oito gramas, respectivamente). A diferença é estatisticamente
significativa quando comparada a quantidade comida por gramas de peso
corporal.
" Resultados
sublinham a ideia de que a grelina está envolvida na alimentação baseada
na 'compensação' e atrasa o término de uma refeição" , afirma St-Onge.
De
acordo com os autores do estudo, uma maior compreensão da ação da
grelina pode ser útil para a prevenção da obesidade que resulta do
consumo exagerado da chamada 'comida de compensação'.
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