Embora outras formas de tomar a pílula também reduzam os sintomas dolorosos, a ingestão ininterrupta surte o efeito com menos tempo de uso
Pílula anticoncepcional: mulheres que sofrem de cólicas
menstruais podem ser beneficiar de maneira mais rápida se tomarem os
comprimidos de forma ininterrupta
Fazer uso de pílula anticoncepcional em regime contínuo pode ser a
melhor opção para mulheres que sofrem de cólicas menstruais atenuarem as
dores. Segundo um novo estudo americano, esse método, que é utilizado
quando a paciente toma os comprimidos sem obedecer aos intervalos entre
uma cartela de pílula e outra, além de reduzir as dores, surte um efeito
positivo mais rapidamente do que a ingestão dos comprimidos em regime
cíclico.
Normalmente, a pílula anticoncepcional é ingerida durante um período de
21 dias e, depois, a mulher permanece sete dias sem tomar os
comprimidos. É justamente nesse tempo em que vem a menstruação. Uma
cartela pode ter 28 comprimidos, mas sete são placebo, e é recomendada
para mulheres que se esquecem de reiniciar uma nova cartela. Quando
regime é contínuo, a mulher inicia uma nova cartela no dia seguinte ao
fim da última, não respeitando o intervalo. Nem sempre a paciente evita a
menstruação: ela pode ter sangramentos leves enquanto toma a pílula ou
até hemorragias mais graves — o que é mais incomum e deve levar a mulher
imediatamente ao médico. Não há limite de tempo para o uso desse
método.
“Os contraceptivos orais são frequentemente prescritos para tratar as
cólicas, já que a redução da menstruação é uma forma relativamente
simples de aliviar essas dores. Porém, nós queríamos determinar se há
uma diferença entre o regime cíclico e o contínuo desse método de
tratamento com contraceptivos”, diz Richard Legro, da Faculdade de
Medicina da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Para isso, ele e sua equipe selecionaram 38 mulheres que não faziam uso
de nenhum método contraceptivo e que sofriam de dismenorreia, ou
cólicas menstruais. Muitas pacientes que apresentam esse problema também
têm episódios de náusea, diarreia, dor de cabeça e fadiga. Parte das
participantes passou a fazer uso da pílula em regime cíclico e o
restante, em regime contínuo. Elas foram acompanhadas durante seis
meses. Os resultados foram publicados no periódico Obstetrics and Gynecology.
Após o período do estudo, todas as mulheres apresentaram uma melhora
significativa em relação às dores decorrentes da cólica. No entanto, as
participantes que haviam adotado o regime contínuo relataram esse alívio
até três meses mais cedo. Isso se deve, segundo os pesquisadores, ao
fato de o tratamento não ter interrupção. Eles explicam que, embora haja
pouca diferença nos efeitos colaterais entre um método e outro, é
importante que a paciente procure um médico antes de optar ou alterar o
regime.
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