Jovens que dedicam muito tempo a videogames podem
enfrentar ameaças perigosas à saúde e devem tomar cuidados especiais ao
jogarem durante períodos longos de tempo.
Existem casos de pessoas que morreram ou precisaram
ser hospitalizadas após terem sessões extensas de jogo. Dentre alguns
casos, um adolescente Taiwanês foi encontrado morto após ficar 40 horas
jogando Diablo 3 e um jovem do Reino Unido também morreu após jogar
com seu X-box por 12 horas. Em ambos os casos a fatalidade foi causada
por coágulos sanguíneos que se formaram durante o tempo passado em
frente ao computador ou o videogame.
Apesar de esses serem casos extremos, eles são
importantes para alertar pais e educadores dos riscos de se passar
tempo demais sentado, sendo para diversão ou trabalho. Além disso,
dedicar tempo demais aos jogos pode prejudicar a vida escolar e social
do indivíduo. Os conteúdos dos jogos também podem ser uma questão
delicada, já que existem estudos que estabelecem ligações entre a
violência que ocorre na tela e comportamento agressivo nos jogadores.
Porém, as pesquisas não são apresentam resultados conclusivos.
Se o rendimento e socialização do filho estão sendo
comprometidos pelo passatempo, pais podem tomar medidas simples de
correção, como a limitação de tempo que ele poderá passar jogando. Mas
se eles perceberem uma associação entre a agressividade na tela e
atitudes da criança ou adolescente, os pais podem ter mais problemas
para controlarem a situação e procurar ajuda profissional pode ser
indicado.
Vale lembrar que não serão todos os jovens que
enfrentarão serão afetados dessa forma. De acordo com o psicólogo
Patrick Markey nem todos são susceptíveis à exposição de violência
dessa forma.
“A verdade da questão é que a maioria das pessoas
consegue lidar com essa mídia, mas algumas pessoas com uma
pré-disposição específica (...) podem ser um pouco mais agressivas”,
ele explica. “A parte mais importante é que não existe realmente uma
pesquisa que sugere que videogames têm um efeito diferente do que a
televisão ou filmes. Isso nunca foi empiricamente mostrado. Qualquer
mídia tem o objetivo de nos cativar emocionalmente, e videogames são
uma forma de mídia, até mesmo uma forma de arte”, completa Markey.
A pesquisa de Markey foi publicada em 2010 no periódico Review of General Psychology.
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