segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Não existe um método anticoncepcional perfeito, diz estudo

 Foto: Getty Images
 Estudo da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, conclui que adesivos e anéis vaginais representam mais riscos vasculares do que outros tipos de anticoncepcionais

Um estudo recente publicado no British Medical Journal voltou a abrir o debate sobre os métodos anticoncepcionais produzidos com maiores quantidades de hormônios - como adesivo e anel vaginal - que poderiam causar mais trombose do que outros métodos. As informações são do jornal espanhol El País.
Cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, analisaram durante uma década 1,6 milhões de mulheres com idade entre 15 e 49 anos e concluíram que aquelas que escolhem anticoncepcionais de uso oral feitos com o princípio ativo do levonorgestrel têm três vezes mais chances de sofrer tromboses do que as que não usam métodos hormonais. E, este risco chega a 7,9% e 6,5% para aquelas que usam adesivos e anéis vaginais, respectivamente.
As evidências de que medicações com taxas maiores de hormônios causam mais riscos à saúde do que outros já foram comprovadas em dezenas de estudos, mas o objetivo é esclarecer se estes inconvenientes são suficientes para suspender o uso destes contraceptivos em mulheres saudáveis. Os médicos espanhóis têm opiniões diferentes sobre o assunto, mas, em geral, concordam que o uso é uma conquista feminina e que traz mais benefícios do que malefícios.
“Quando todos têm poucos riscos, o que menos apresenta problemas ganha maior importância. Entre 0,01% e 0,02% de problemas, a diferença em termos totais é muito pequena: 1 por 10 mil frente a 2 por 10 mil. É muito raro registrar um problema, no entanto, é preciso prestar atenção que um apresenta o dobro de risco do que o outro. No geral, tem mais vantagens que desvantagens, faz melhor para a mulher do que o perigo em potencial”, adverte o médico Dr. Lorenzo Arribas, membro do grupo da Mulher do Sociedade Espanhola de Medicina da Família e Comunitária.
O médico Ventura Serrano, da Associação Espanhola de Ginecologia e Obstetrícia, lembra-se que viu uma moça de 22 anos com trombose causada por métodos contraceptivos e comentou, na ocasião: “isto acontece, mas o trauma psicológico de um aborto na adolescência supera os efeitos colaterais causados pelos hormônios do método anticoncepcional”, concluiu.
Segundo o estudo, as mulheres estão preocupadas com os efeitos colaterais dos anticoncepcionais e, elas procuram, acima de tudo, eficiência e conforto do método escolhido. O Dr. Luis Enrique Sánchez Aço, presidente da Federação de Planejamento Familiar da Espanha, disse que mais da metade das pacientes chegam ao consultório com uma ideia pré-concebida do que querem.
Há anos, médicos têm prestado atenção aos efeitos dos contraceptivos e, na Espanha, foi observado que eles não priorizam os mais eficazes e menos evasivos à saúde e reconhecem que a indústria farmacêutica tem tido o poder de mapear os mais vendidos, como a forte campanha publicitária para o uso do anel vaginal. Ao contrário do que acontece na Holanda, que quando souberam que aqueles à base de hormônios poderiam causar mais problemas, mudaram para outros que poderiam minimizar estes riscos”, disse Arribas.
“Por que não falar sobre o DIU, que é mais eficaz?. Ele falha apenas 0.8% do tempo, além de oferecer o melhor valor "custo-benefício". Enquanto o DIU de cobre custa cerca de 40 euros para 10 anos, o anel vaginal custa 20 euros por mês".
Ventura Serrano acredita que não há "método ideal". Ele afirma que para cada mulher, o efeito é diferente. "Todos os laboratórios do mercado tem um objetivo: encontrar um método que impeça a ovolução e tenha zero sintomas secundários, mas isso não existe porque tudo é artificial", conclui.
Sendo assim, a melhor alternativa é buscar o método ideal para cada mulher considerando a eficiência, o conforto, a saúde, além de aspectos sociais e econômicos.

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