quinta-feira, 28 de julho de 2011

Cientistas esclarecem um dos mistérios da coroa do Sol

Temperatura externa é milhares de vezes maior do que no centro, onde o calor é gerado

Um estudo publicado nesta quinta-feira (28) explica por que a coroa do Sol alcança temperaturas centenas de vezes superiores a partes do astro que encontram-se muito mais perto do núcleo, que produz o calor.
Para aquecer a coroa solar a vários milhões de graus e acelerar a centenas de quilômetros por segundo os ventos solares que se propagam em todas as direções, inclusive em direção à Terra, é preciso energia, escrevem Scott McIntosh, do Centro Nacional Americano de Pesquisa Atmosférica, e outros pesquisadores na revista científica Nature.
A temperatura alcança aproximadamente 6.000ºC na superfície do Sol e dois ou três milhões de graus na coroa, apesar desta última se encontrar muito mais longe do núcleo do astro, onde ocorrem as reações nucleares que produzem o calor.
Hannes Alfven, um físico sueco que recebeu o prêmio Nobel em 1970, estimou que há ondas que transportam esta energia por linhas do campo magnético que percorrem o plasma (gás com partículas carregadas com eletricidade) da coroa. Até agora não havia sido possível detectar a quantidade de ondas desse tipo necessárias para produzir a energia requerida.
Imagens de alta definição ultravioleta captadas com muita frequência (a cada oito segundos) pelo satélite da Nasa, agência espacial americana, Solar Dymanics Observatory (SDO) permitiram à equipe de Scott McIntosh detectar grande quantidade dessas ondas Alfven.
Elas se propagam em grande velocidade (entre 200 km/s e 250 km/s) no plasma em movimento, indica em um comunicado o professor Marcel Goossens, da Universidade Católica de Lovaina, que participou da pesquisa.
Essas ondas, cujo fluxo energético localiza-se entre 100 e 200 watts por km2, "são capazes de produzir a energia necessária para propulsar os rápidos ventos solares e assim compensar as perdas de calor das regiões menos agitadas da coroa solar", estimam os autores do estudo.
No entanto, isso "não basta para prover os 2.000 watts/m2 necessários para abastecer as zonas ativas da coroa", segundo os pesquisadores explicaram na revista Nature.
Para isso, seriam necessários instrumentos com maior resolução especial e temporal "para estudar todo o espectro de energia irradiada nas regiões ativas".
Além disso, seria preciso "entender como e onde estas ondas são geradas e dissipadas na atmosfera solar".

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