Elo mente-cérebro
Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, descobriram uma nova célula-tronco no cérebro adulto.
Estas células podem se multiplicar e formar vários tipos de células
diferentes - mais importante, elas podem formar novas células cerebrais.
Este pode ser o elo que faltava para explicar fisiologicamente o fenômeno da plasticidade cerebral, um fenômeno físico no cérebro que pode ser induzido voluntariamente ou por práticas como a meditação.
Agora os pesquisadores esperam usar essa descoberta usar para
desenvolver terapias que possam reparar doenças e danos ao cérebro.
Células-tronco para curar o cérebro
Analisando tecidos cerebrais a partir de biópsias, os pesquisadores
encontraram as células-tronco em torno de pequenos vasos sanguíneos no
cérebro.
A função específica dessas células, cuja existência era desconhecida
até agora, ainda não está clara, mas suas propriedades plásticas sugerem
um grande potencial.
Um tipo de célula semelhante foi identificado em vários outros
órgãos, com capacidade para promover a regeneração de músculos, ossos,
cartilagens e tecido adiposo.
Em outros órgãos, os cientistas identificaram indícios claros de que
estes tipos de células-tronco contribuem para reparar tecido e
cicatrizar ferimentos.
A Dra. Gesine Paul-Visse e seus colegas sugerem que essas propriedades curativas também possam se aplicar ao cérebro.
Explicação da plasticidade
O próximo passo é tentar controlar e otimizar a capacidade de cura
das células-tronco cerebrais com o objetivo de desenvolver terapias
dirigidas a uma área específica do cérebro.
"Nossos resultados mostram que a capacidade da célula é muito maior
do que se pensava inicialmente, e que essas células são muito
versáteis," disse a Dra. Visse.
"O mais interessante é a sua capacidade de formar neurônios, mas elas
também podem se desenvolver em outros tipos de células. Os resultados
contribuem para uma melhor compreensão de como funciona a plasticidade
das células do cérebro, e abre novas oportunidades para explorar esses
recursos."
"Nós esperamos que nossa descoberta melhore e aumente a compreensão
dos mecanismos naturais de reparação do cérebro. O objetivo final é
fortalecer esses mecanismos e desenvolver novos tratamentos que possam
reparar o cérebro doente," concluiu a pesquisadora.
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