Essa habilidade se chama inteligência para o jogo e é "muito, muito
necessária para o modo como tomamos decisões", afirmou Predrag Petrovic,
um dos autores do estudo e neurologista do Instituto Karolinska, na
Suécia. "É uma forma de trabalhar com as informações rapidamente e tomar
decisões sobre o ambiente."
Petrovic e seus colegas analisam as descobertas no periódico PLoS One.
Os pesquisadores mediram a função executiva usando um teste padronizado
chamado D-KEFS, que avalia as habilidades para solução de problemas,
uso de criatividade e estabelecimento de regras.
Jogadores de elite
As pontuações mais altas foram dos jogadores de futebol da liga de
elite da Suécia e atrás deles ficaram os jogadores de uma divisão
inferior. Os avaliados que não eram jogadores ficaram atrás dos dois
grupos de jogadores. As diferenças foram significativas, afirmou
Petrovic. Os jogadores de elite ficaram entre os 2% melhores em
comparação com a população em geral.
Os pesquisadores acompanharam alguns dos jogadores em duas temporadas e
descobriram que os que conseguiram as melhores pontuações nos testes
faziam mais gols e jogadas a gol.
Não está claro se os atletas adquiriram essas funções com o tempo ou se eles as herdaram.
"Nossa hipótese é que sejam ambos", afirmou Petrovic. "O indivíduo não
consegue se tornar um bom jogador se não possuir funções executivas
potentes, no entanto sempre é possível aprimorar a função executiva pelo
treinamento", afirmou.
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