Para evitar surpresas, crianças devem ser ensinadas desde cedo que devem bater na porta do quarto
A chegada de um filho dispersa a atenção do casal que, naturalmente,
passa a dedicar todos os cuidados para o novo integrante da família. “A
chegada de um bebê altera o ritmo, mas nunca deve ser motivo para
penalizar o relacionamento íntimo dos pais”, diz a educadora sexual
Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan.
No início, a mudança é grande, pois o casal já não tem mais tempo só
para eles. Cabe aos pais impor uma rotina saudável para todos. “O
cuidado em relação à demonstração de afeto deve existir", afirma a
terapeuta de família Sylvia Faria Marzano. "Mas a criança que não
presencia essas atitudes não aprende a importância de expressar seus
sentimentos de carinho, como abraços, beijos e delicadezas”. É
fundamental estabelecer regras de convivência. A principal delas é: cada
um dorme no seu quarto.
Beijos estão liberados?
O casal não precisa manter apenas o "selinho" relâmpago na frente dos
filhos. Um beijo mais demorado está liberado. “É importante para a
criança crescer observando que os pais se amam e se desejam”, explica o
sexólogo Charles Rojtenberg, fundador do Instituto Brasileiro de
Sexologia. Isso também é fundamental para diferenciar a relação da
criança com os pais. “Os filhos precisam entender que o papai é namorado
da mamãe. Essa é uma maneira natural de fazer com que a criança entenda
a ideia de sexualidade”, informa a educadora sexual Maria Helena
Vilela, diretora do Instituto Kaplan. Carinhos também estão liberados,
já carícias mais íntimas devem ser evitadas.
Flagrante
O pior pesadelo
de todos os pais acaba de acontecer: você é flagrado por seu filho bem
na hora H. O que fazer? “Se a criança for muito pequena, não vai
entender o que está acontecendo e pode até se assustar, pois vai
associar gemidos à dor”, diz a educadora sexual Maria Helena Vilela.
Portanto, é fundamental agir rápido. Levante-se, cubra o corpo e ponha o
filho para fora do quarto. Segundo Maria Helena, é fundamental deixar
claro que a criança invadiu a privacidade dos pais, o que é errado. Por
isso, as crianças devem ser ensinadas desde cedo que, antes de entrar no
quarto dos pais, devem bater na porta e aguardar. Se vocês pularam essa
lição, aproveitem o momento para fazer isso. E, claro, é importante que
os pais sempre tenham o cuidado de manter a porta fechada e até
trancada para evitar surpresas.
Passado o susto, é hora de se explicar. Não é preciso entrar em detalhes se seu filho tiver menos que cinco anos. Seja sucinto e diga algo como "estávamos namorando e isso é coisa de adulto”. Para crianças com idade entre cinco e oito anos, a terapeuta de família Sylvia Faria Marzano orienta usar o mesmo argumento e acrescentar que é dessa maneira que são formados os bebês. Quem tem filhos acima de oitos anos deve estar preparado para dar uma explicação mais plausível. “Já dá para explicar o que ocorre durante o namoro, as idades próprias para cada coisa, mas sem repressão”, afirma Sylvia.
Pergunta indiscreta
A curiosidade faz parte do universo infantil e é normal que eles questionem tudo. Como é comum ouvir comentários sobre sexo na televisão, na roda de amigos ou até em família, o tema pode despertar o interesse. Se a dúvida surgir, os pais devem procurar entender por que o filho quer saber isso. “Não saia explicando tudo, diga o necessário. Também não vale ficar irritada e não dar resposta alguma”, diz a educadora sexual Maria Helena Vilela. Se a criança não disser mais nada, o assunto se encerra aí. O sexólogo Charles Rojtenberg acredita que é importante aproveitar o momento para explicar que transar é vínculo, amor, respeito e que o sexo faz parte do relacionamento do casal.
Objeto suspeito
O filho encontrou um brinquedo erótico e, claro, quis saber para que serve. O que fazer? Para a terapeuta de família Sylvia Faria Marzano, o melhor é explicar que é um brinquedo que papai e mamãe usam e é só para gente grande. “Essa resposta resolve para quem tem criança em casa com idade até uns oito anos”, diz. E se o objeto encontrado for um preservativo, ótimo. “Diga que é usado para a mamãe não ficar grávida de novo”, explica educadora sexual Maria Helena Vilela. Segundo ela, isso é muito bom para a educação sexual da criança. “Eles registram tudo e devem olhar o sexo como algo positivo, e não repressor. Cabe aos pais investir nessa formação desde cedo”, diz. Depois de passado o drama, fica a lição: lugar de brinquedo erótico é bem longe do alcance das crianças.
Foto comprometedora
Lembre-se: criança sabe mexer em um aparelho eletrônico com uma habilidade invejável. Portanto, se não quer problemas, evite fotos obscenas que podem ser descobertas a qualquer momento. Uma foto de nudez é mais fácil de ser contornada. Se for algo mais pornográfico, pode chocar demais e o filho deverá ser encaminhado a um especialista. Por isso, todo cuidado é pouco.
Constrangimento em família
Imagine aquele almoço de domingo com avós, tios e sobrinhos à mesa. Nesse momento, seu filho resolve revelar, em alto e bom som, algo que exponha a intimidade do casal ou insinue isso. Como agir? Se for alguma besteirinha, tente distrair com outro assunto. “Os adultos podem achar engraçado o que a criança disse e ela vai querer chamar mais atenção”, diz a terapeuta de família Sylvia Faria Marzano. Se o assunto for mais inadequado para o momento, os pais devem apenas encerrar com um “conversaremos em casa, com calma”. Só que essa promessa deve ser cumprida. É possível que a criança tenha aproveitado a oportunidade para falar de um tema que desperta o interesse, mas ainda não havia encontrado uma chance de abordá-lo em casa. Por isso, ao retornar para casa, retome o assunto e procure esclarecer suas dúvidas.
Um estranho em casa
Passado o susto, é hora de se explicar. Não é preciso entrar em detalhes se seu filho tiver menos que cinco anos. Seja sucinto e diga algo como "estávamos namorando e isso é coisa de adulto”. Para crianças com idade entre cinco e oito anos, a terapeuta de família Sylvia Faria Marzano orienta usar o mesmo argumento e acrescentar que é dessa maneira que são formados os bebês. Quem tem filhos acima de oitos anos deve estar preparado para dar uma explicação mais plausível. “Já dá para explicar o que ocorre durante o namoro, as idades próprias para cada coisa, mas sem repressão”, afirma Sylvia.
Pergunta indiscreta
A curiosidade faz parte do universo infantil e é normal que eles questionem tudo. Como é comum ouvir comentários sobre sexo na televisão, na roda de amigos ou até em família, o tema pode despertar o interesse. Se a dúvida surgir, os pais devem procurar entender por que o filho quer saber isso. “Não saia explicando tudo, diga o necessário. Também não vale ficar irritada e não dar resposta alguma”, diz a educadora sexual Maria Helena Vilela. Se a criança não disser mais nada, o assunto se encerra aí. O sexólogo Charles Rojtenberg acredita que é importante aproveitar o momento para explicar que transar é vínculo, amor, respeito e que o sexo faz parte do relacionamento do casal.
Objeto suspeito
O filho encontrou um brinquedo erótico e, claro, quis saber para que serve. O que fazer? Para a terapeuta de família Sylvia Faria Marzano, o melhor é explicar que é um brinquedo que papai e mamãe usam e é só para gente grande. “Essa resposta resolve para quem tem criança em casa com idade até uns oito anos”, diz. E se o objeto encontrado for um preservativo, ótimo. “Diga que é usado para a mamãe não ficar grávida de novo”, explica educadora sexual Maria Helena Vilela. Segundo ela, isso é muito bom para a educação sexual da criança. “Eles registram tudo e devem olhar o sexo como algo positivo, e não repressor. Cabe aos pais investir nessa formação desde cedo”, diz. Depois de passado o drama, fica a lição: lugar de brinquedo erótico é bem longe do alcance das crianças.
Foto comprometedora
Lembre-se: criança sabe mexer em um aparelho eletrônico com uma habilidade invejável. Portanto, se não quer problemas, evite fotos obscenas que podem ser descobertas a qualquer momento. Uma foto de nudez é mais fácil de ser contornada. Se for algo mais pornográfico, pode chocar demais e o filho deverá ser encaminhado a um especialista. Por isso, todo cuidado é pouco.
Constrangimento em família
Imagine aquele almoço de domingo com avós, tios e sobrinhos à mesa. Nesse momento, seu filho resolve revelar, em alto e bom som, algo que exponha a intimidade do casal ou insinue isso. Como agir? Se for alguma besteirinha, tente distrair com outro assunto. “Os adultos podem achar engraçado o que a criança disse e ela vai querer chamar mais atenção”, diz a terapeuta de família Sylvia Faria Marzano. Se o assunto for mais inadequado para o momento, os pais devem apenas encerrar com um “conversaremos em casa, com calma”. Só que essa promessa deve ser cumprida. É possível que a criança tenha aproveitado a oportunidade para falar de um tema que desperta o interesse, mas ainda não havia encontrado uma chance de abordá-lo em casa. Por isso, ao retornar para casa, retome o assunto e procure esclarecer suas dúvidas.
Um estranho em casa
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