Estudo realizado pela nutricionista Rozane Aparecida Toso Bleil, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, entrevistou 167 adolescentes entre 10 e 18 anos para avaliação do estado nutricional e das práticas alimentares dessa população. O estudo detectou baixo consumo de vitamina A, cálcio e fibras e alto consumo de colesterol entre adolescentes de quatro escolas municipais. A pesquisa, realizada no município de Toledo, no oeste paranaense, foi parte integrante de outro estudo realizado em outros quatro municípios brasileiros – Piracicaba, Campinas, Piedade e Seropédica – para se traçar o perfil dos adolescentes em relação ao Programa Nacional de Alimentação Escolar. O lado positivo do estudo foi a constatação da baixa prevalência de excesso de peso entre os adolescentes.
A adolescência, segundo Rozane, é um dos períodos mais críticos em relação à alimentação. Em geral, o consumo de vitaminas e minerais é substituído facilmente por produtos com alto teor energético e com déficit de vitaminas e minerais. Os hábitos alimentares inadequados podem desencadear aumento de diversas doenças e, por isso, a importância de se conhecer o estado nutricional do grupo para que se possa direcionar ações mais efetivas, esclarece a nutricionista.
Pelos resultados, os adolescentes consomem aproximadamente 50% do recomendado em relação ao cálcio e vitamina A. A recomendação no consumo de fibras nesta faixa etária é de 26 gramas e, no entanto, o consumo médio foi de 18 gramas. Já o consumo diário de produtos ricos em gordura não deve ultrapassar 200 miligramas, porém a quantidade foi superior. Os resultados mostraram ainda, conforme explica a nutricionista, que não houve associação positiva com renda familiar ou nível socioeconômico no grupo.
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