segunda-feira, 28 de maio de 2012

Aquecimento global favorece a expansão de borboletas no Reino Unido

Estudo publicado na 'Science' mostra que elas conseguiram expandir seu território buscando plantas mais adequadas para hospedar seus ovos

borboleta
As borboletas Aricia agestis conseguiram aumentar seu território buscando novas hospedeiras para seus ovos 

Nem sempre as mudanças climáticas são prejudiciais para as espécies. É o que mostra um estudo publicado na última edição da revista Science: graças ao aumento das temperaturas no Reino Unido, as borboletas Aricia agestis, antes escassas, passaram a ocupar uma área com raio 79 quilômetros maior nos últimos 20 anos.
Para que o ciclo de vida dessa espécie se complete, as borboletas adultas depositam seus ovos em plantas hospedeiras. Ao sair do ovo, a lagarta se alimenta da planta até se transformar em borboleta.
Tradicionalmente, as Aricia agestis depositavam seus ovos nas plantas Helianthemum nummularium. Com temperaturas mais elevadas, as borboletas passaram a usar também plantas da família Geraniaceae (os gerânios fazem parte desta família) para depositar seus ovos.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão ao analisar dados coletados por voluntários britânicos que, nas últimas quatro décadas, relataram sinais das borboletas Aricia agestis em várias espécies de plantas.

Mais opções —
Os cientistas acreditam que, como esses dois tipos de plantas hospedeiras crescem em locais diferentes, elas estão relacionados a climas distintos. As Helianthemum nummularium são encontradas principalmente em encostas do Sul e favorecem as borboletas que completam seu ciclo de vida em verões mais frios. Já as Geraniaceae são mais adequadas para verões com temperaturas mais elevadas.
Como as plantas Geraniaceae estão amplamente espalhadas pelo interior do Reino Unido, a mudança facilitou a expansão da espécie em uma taxa muito rápida.

"Muitas espécies estão se deslocando para o Norte com o clima mais quente, mas essa espécie, anteriormente escassa, surpreendeu a todos aumentando seu alcance em mais de duas vezes", explica Rachel Pateman, autora principal e pesquisadora da Universidade de York e do Centro de Ecologia e Hidrologia.

 "Vão existir espécies vencedores e perdedores com as mudanças climáticas. É importante que a gente comece a identificar aquelas que podem estar em risco e onde concentrar os esforços de conservação", disse Jane Hill, coautora do estudo e professora do Departamento de Biologia na Universidade de York.

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