Estudo aponta que o dispositivo intrauterino reduz em 20 vezes os riscos de uma gestação indesejada comparado com outros métodos contraceptivos
Contracepção: estudo aponta que os métodos de longa
duração, como o DIU, podem ser mais eficazes em prevenir uma gravidez
indesejada
Mulheres que usam pílula, adesivo contraceptivo ou anel vaginal têm 20
vezes mais chances de engravidar, quando comparadas àquelas que utilizam
métodos de longa duração, como o dispositivo intrauterino (DIU). Os
dados são de um estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica The New England Journal of Medicine.
Entre as mulheres de até 21 anos que optam pela pílula, pelo adesivo
(trocado uma vez por semana) ou pelo anel vaginal, o risco de gravidez é
quase duas vezes maior que entre as mulheres mais velhas. Segundo os
autores, os resultados sugerem que um uso mais frequente dos DIU ou dos
implantes hormonais no lugar de outros métodos contraceptivos poderia
evitar um número importante de concepções não desejadas.
A pesquisa foi realizada com 7.500 participantes, todas com idades
entre 14 e 45 anos. "Este estudo é a melhor demonstração de que os
métodos contraceptivos de longo prazo são superiores à pílula, ao
adesivo ou ao anel vaginal", disse Jeffrey Peipert, professor de
ginecologia da Escola de Medicina da Universidade de Washington e
principal autor do estudo.
'Falha humana' — A diferença na prevenção entre os
contraceptivos, no entanto, não diz respeito à qualidade de cada
produto. Segundo afirmou Peipert ao site de VEJA, o DIU é mais eficaz
porque não há risco de falha na adesão da mulher. "Os humanos cometem
erros, assim é possível se esquecer de tomar a pílula ou de trocar o
adesivo. Com o DIU não há esse problema", disse. De acordo com o médico,
o DIU hormonal é eficaz durante cinco anos e o DIU de cobre pelo menos
10 anos, enquanto o implante hormonal permanece ativo por três anos.
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