Psicóloga americana aponta pesquisas que revelam
um alto índice de divórcio entre aqueles que juntaram os pertences antes
de dizer o “sim”
Morar junto antes de casar não é garantia que, depois do “sim”, a
relação vai durar mais. Na verdade, o efeito tende a ser o oposto,
tornando o casal mais propenso ao divórcio.
Pode parecer controverso, mas essas foram as conclusões descritas pela psicóloga Meg Jay em seu novo livro, “The Defining Decade”.
Nele, ela chama atenção para pesquisas que comprovam o aumento de
separações de parceiros que casaram depois de juntar as escovas de
dente.
A publicação trata do comportamento dos jovens durante os
20 anos, que, segundo a escritora, é a década decisiva para o futuro do
indivíduo. É nessa faixa etária que a maioria dos jovens adultos vai
viver com um parceiro romântico pelo menos uma vez, sendo que mais da
metade de todos os casamentos serão precedidos pela divisão da casa.
Em sua coluna no jornal The New York Times,
Meg explicou que cada vez mais casais americanos estão apostando em
dividir o lar antes de casar. O crescimento desse comportamento cresceu
1.500 por centro nos últimos 50 anos, segundo ela, passando de 450 mil
parceiros que vivem juntos para 7,5 milhões. Para a psicóloga, o aumento
é fácil de ser explicado, tendo em vista a revolução sexual das últimas
décadas e a situação da economia na atualidade.
Além disso, uma
pesquisa recente da Universidade de Rutgers comprovou que os jovens
nessa idade realmente acreditam que só é seguro casar depois de conviver
um tempo com parceiro. Entre os participantes, dois terços disseram que
morar junto é uma boa forma de evitar o divórcio.
Mas, ao que
parece, essa crença não passa de senso comum. Meg afirma que essa ideia é
contrariada pelos fatos da realidade. Isso porque pesquisas recentes
mostram que os casais que coabitam antes do casamento tendem a ser menos
satisfeitos depois de dizer o “sim” oficialmente e, por isso, acabam se
separando com mais facilidade.
Isso
aconteceria porque homens e mulheres possuem uma ideia diferente sobre o
fato de dividir o mesmo teto antes de oficializar a relação. Enquanto
elas encaram a decisão como um passo antes do casamento, eles veem o
fato com menos comprometimento, apenas como um teste ao relacionamento
ou mesmo como uma maneira de adiar um compromisso mais sério. Assim, ao
casar, o comportamento de ambos será controverso devido a essa diferença
de percepção – o que pode colocar a relação em risco.
A psicóloga
explica ainda que aqueles que decidem morar juntos também podem ser
mais propensos ao divórcio, sendo essa outra explicação para o fenômeno.
Assim,
não acredite no senso comum: seu relacionamento pode ser duradouro,
mesmo sem fazer o teste de morar junto antes da união oficial. O que
vale, na prática, é o estilo de cada casal.
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