Estudo indicou efeito protetor do chocolate amargo em pessoas com predisposição a doenças cardiovasculares
Pessoas com tendência a sofrerem eventos cardiovasculares podem ter o chocolate amargo como um aliado
Mais uma vez, um estudo indicou que o chocolate pode, sim, ter um efeito
protetor na saúde. Segundo pesquisa publicada nesta sexta-feira no
periódico British Medical Journal (BMJ), comer chocolate amargo
todos os dias pode reduzir o risco de ataques cardíacos, derrames
cerebrais e outros eventos cardiovasculares em pessoas com predisposição
a doenças do coração.
Pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, analisaram os
efeitos do chocolate amargo — foram considerados amargos os chocolates
com ao menos 60% de cacau em sua composição — na saúde de 2.013 pessoas
com síndrome metabólica, um conjunto de fatores que predispõem um
indivíduo a doenças cardiovasculares e diabetes. Para ser caracterizado
como portador dessa síndrome, um paciente deve se enquadrar em três ou
mais das seguintes características: hipertensão, açúcar elevado no
sangue, excesso de gordura abdominal, baixo nível de bom colesterol e
índices elevados de ácidos graxos. No caso dos participantes do estudo,
todos tinham pressão alta, mas não apresentavam histórico de doença
cardíaca ou diabetes.
Após projetar os resultados a partir de cálculos matemáticos, os
pesquisadores indicaram que o consumo regular de chocolate amargo ao
longo de dez anos pode evitar 85 eventos cardiovasculares em 10.000
pessoas com síndrome metabólica — sendo quinze deles fatais. Os autores
concluíram que o incentivo da ingestão diária do alimento poderia ser
utilizada em campanhas de prevenção contra doenças cardíacas. No
entanto, eles lembram que o efeito protetor do chocolate somente foi
observado em relação ao chocolate amargo com pelo menos 60% de cacau,
que é ricos em flavonoides, compostos com propriedades antioxidantes e
anti-inflamatórias. As conclusões não valem portanto, para outros tipos
do doce.
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