Crianças com Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) podem
sofrer problemas no trabalho quando ficarem adultas. A conclusão é de
uma pesquisa publicada no Arthritis & Rheumatism, jornal
do American College of Rheumatology (ACR), que indica que a
incapacidade funcional causada pela doença pode influenciar na
escolaridade e no emprego dessas pessoas.
A artrite é uma doença comum caracterizada por uma
inflamação dolorosa, inchaço e rigidez que pode prejudicar as
articulações e levar à incapacidade. Quando a artrite crônica atinge os
menores de 16 anos de idade é chamada de artrite idiopática juvenil.
Essa doença afeta cerca de 294.000 crianças nos Estados Unidos, e
estudos realizados nas duas últimas décadas mostram que o tratamento
agressivo e precoce a base de drogas antirreumáticas ou biológicas,
conhecidas como fator de necrose tumoral alfa-inibidores, pode melhorar
os resultados do tratamento em longo prazo.
Contudo, os pesquisadores ressaltam que alguns
pacientes com AIJ, apesar do tratamento precoce, podem entrar na fase
adulta com lesões nas articulações, deficiências e qualidade de vida
reduzida. Com isso, as taxas de desemprego entre adultos que sofreram
com AIJ são maiores do que entre aqueles que não sofreram com o
problema.
O estudo envolveu 103 participantes (22 homens e 81
mulheres com idade média de 24 anos e duração média da doença de 19
anos) que foram tratados na unidade músculo-esquelético no Hospital
Freeman, no Reino Unido. OS pacientes foram entrevistados em relação à
sua escolaridade, situação no emprego, além de responderam a um
questionário de avaliação da saúde (HAQ) para medir a incapacidade
funcional.
Os resultados mostraram que a incapacidade
funcional medida pelo HAQ foi significativamente menor nos pacientes
empregados e naqueles com AIJ oligoarticular. Realização educacional
não foi influenciada pelos subtipos de AIJ: oligoarticular (40);
poliarticular fator reumatóide (RF) positivo (23); RF poliarticular
negativo (17); sistêmica (10) e outros (11). Os pacientes que concluíram
o ensino secundário tiveram maior sucesso mais tarde na vida, na
obtenção de postos de trabalho mais elevados ou de gestão. A equipe
também observou que a estabilidade no emprego foi influenciada
positivamente pelo grau de escolaridade e negativamente pelo escore de
deficiência.
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