O autor justifica o uso de seis sondas com base no argumento de que
cada uma tem uma chance de 50% para pousar com sucesso. Com o uso de
seis delas, a chance de sucesso sobe para 98%.
Schulze-Makuch ficou famoso ao defender em proposta anterior o envio de
astronautas a Marte com passagens apenas de ida. Essa proposta é
discutida pelo cientista no livro A One Way Mission to Mars: Colonizing the Red Planet (Cosmology Science Publishers, 2011).
"Nós realmente queremos falar sobre as grandes questões de Marte e não
perder tempo", explica Schulze-Makuch. "Como o dinheiro para a
exploração espacial está sumindo, nós finalmente temos que conseguir
resultados que sejam entusiasmantes não só para especialistas da área,
mas para o público em geral”.
A missão BOLD seria formada por sondas que seriam lançadas rumo a
diversas regiões do planeta. Com formatos de pirâmide invertidas, elas
desceriam de paraquedas na superfície do planeta e retirariam uma
amostra de cerca de 30 centímetros do solo. Instrumentos a bordo
conduziriam os experimentos, transmitindo informação para uma espaçonave
fora da superfície de Marte.
Para analisar o solo, as amostras seriam umedecidas e seriam feitas
medições para identificar a concentração de peróxido de hidrogênio (água
oxigenada) da amostra. Schulze-Makuch acredita que organismos
microbiais em Marte poderiam ter como fluído interno uma mistura de água
(H2O) e peróxido de hidrogênio (H2O2),
a famosa água oxigenada. Esse mesmo composto foi usado em várias
descobertas feitas pela missão Viking Mars, da Nasa, na década de 1970.
A proposta descreve que uma câmera microscópica da sonda procuraria
formas de microfósseis similares aos que podem ser encontrados na
superfície terrestre. Um outro instrumento buscaria por moléculas longas
similares às que são conhecidas em seres vivos na Terra.
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