O sistema foi desenvolvido pelo professor José Millan
Um professor de uma universidade suíça apresentou um robô que pode
ser controlado pelas ondas cerebrais de uma pessoa paraplégica usando um
boné equipado com eletrodos, noticiou a agência de notícias ATS.
Um homem paralisado, em tratamento em um hospital na cidade de Sion
participou de uma demonstração do equipamento na terça-feira (24),
enviando um comando mental para um computador em seu quarto, que o
transmitiu para outro computador, que finalmente moveu um pequeno robô a
60 km de distância, em Lausanne.
O sistema foi desenvolvido por José Millan, professor da Escola
Politécnica Federal de Lausanne, especializada em interfaces não
invasivas entre cérebro e máquina.
— A mesma tecnologia pode ser usada para mover uma cadeira de rodas.
Assim que o movimento começa, o cérebro pode relaxar. De outra forma, a
pessoa ficaria exausta rapidamente.
Mas a tecnologia tem seus limites, acrescentou o cientista. Os sinais
cerebrais podem ficar confusos se muitas pessoas ficarem em volta da
cadeira de rodas, por exemplo.
Além de dar mobilidade aos paraplégicos, equipamentos neuroprotéticos
poderiam ser usados para ajudar pacientes a recuperar os sentidos,
explicaram os cientistas.
A professora Stephanie Lacour e sua equipe desenvolvem uma "pele
elétrica" para amputados, que consiste em uma luva equipada com sensores
minúsculos que enviariam informação diretamente para o sistema nervoso
do usuário.
Os cientistas dizem que esperam criar próteses que sejam tão móveis e sensíveis quanto a mão, afirmou Lacour.
Outros cientistas de Lausanne trabalham na habilitação dos
paraplégicos para voltar a andar com eletrodos implantados na coluna.O
professor Gregoire Courtine disse:
— A meta é que após um ano de treinamento com um ajudante robótico, o
paciente consiga caminhar sem o robô. Os eletrodos ficam implantados
por toda a vida.
Ele afirmou que está desenvolvendo testes clínicos e que espera
conduzi-los no hospital universitário de Zurique no prazo de um ano.
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